Você sabe a importância da Neuropsicologia?

A neuropsicologia tem como objetivo a investigação de funções mentais complexas e suas relações com estruturas cerebrais. O exame neuropsicológico consiste em uma avaliação detalhada e objetiva das principais funções cognitivas, como memória, atenção, linguagem, organização, planejamento, orientação visuo-espacial, cálculo, etc. São utilizados testes específicos de avaliação minuciosa dos múltiplos domínios cognitivos, além de questionários e inventários de avaliação do humor, de comportamento e de capacidade funcional.

1. O que é a avaliação Neuropsicológica?
   A avaliação neuropsicológica deve ser realizada quando queremos identificar se uma condição de funcionamento cognitivo está dentro da normalidade ou se está fora, representando alguma patologiaPor exemplo, se um idoso começa a se esquecer muito das coisas, como saber se é um esquecimento normal para a idade ou se é um processo patológico, se é um quadro demencial. A avaliação neuropsicológica auxilia no processo diagnóstico de diversas patologias que afetam o Sistema Nervoso Central, onde, em muitas ocasiões, o diagnóstico é difícil de ser realizado e a avaliação neuropsicológica é fundamental para o esclarecimento diagnóstico.
2.  Quando devemos fazer uma avaliação neuropsicológica?
   Muito utilizada também pelos médicos neurologistas e psiquiatras infantis para embasar laudos de transtornos de desenvolvimento em crianças (TEA /Transtorno do Espectro Autismo),TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), transtornos de ansiedade , etc. A avaliação neuropsicológica infantil é uma prática da Psicologia com parâmetros de extrema confiabilidade devido à utilização de instrumentos de validade científica comprovados. São utilizados ferramentas objetivando a compreensão da inteligência (à partir de dois anos de idade), dos processos atencionais,, processos perceptuais, viso-motores, funções executivas, assim como a compreensão da personalidade e da dinâmica parental.   Também é indicada para esclarecer com mais detalhes os sintomas de um problema que já foi diagnosticado em outro momento. Por exemplo, adultos ou crianças que sofreram um traumatismo craniano decorrente de acidentes, quedas, etc e passaram a ter problemas de atenção, memória ou alteração comportamental. Igualmente é o caso de pessoas que sofreram acidente vascular cerebral, que passaram por neurocirurgias, casos de intoxicações graves, alcoolismo, entre outras condições de saúde.
3. Quem pode fazer uma avaliação neuropsicológica?

• Somente os neuropsicólogos com formação em psicologia e especialização lato senso, possuem o preparo e o respaldo técnico para a utilização das ferramentas necessárias. Atualmente, os pesquisadores e as editoras se encontram atentos à necessidade de novas ferramentas que possam contribuir para esta prática, desenvolvendo crescentemente novos testes e materiais para a estimulação, bem como reabilitação.
•  Os resultados da avaliação neuropsicológica vão permitir o detalhamento do funcionamento cognitivo do paciente, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. Sendo assim, com o laudo em mãos, o médico saberá quais são as habilidades cognitivas com funcionamento adequado para faixa etária e quais são as habilidades que devem ser trabalhadas em um processo de reabilitação neuropsicológica, ou mesmo avaliar as áreas neurológicas afetadas para ministrar as medicações apropriadas. Neste caso, é de extrema importância este parecer frente a decisão da necessidade ou não dos remédios.

 Quando deve fazer uma reabilitação neuropsicológica?                                

 A reabilitação neuropsicológica é indicada em alguns casos após a realização da avaliação neuropsicológica. A partir do  diagnóstico, o neuropsicólogo (juntamente com o paciente e sua família) elaborará um plano de tratamento que tem por objetivo fortalecer as funções cognitivas preservadas, criação de rotas alternativas de aprendizado para compensar funções deficitárias e promoção da autonomia para melhora da qualidade de vida do paciente e de sua família. 

 Doutoranda em Psicologia Social, graduação em Psicologia (1992) e Mestrado em Psicologia (2004). Pós Graduação: Neuropsicologia, Psicopedagogia, Orientação Educacional, Educação Infantil e Administração Escolar. Atualmente é  professora da Universidade Estácio de Sá, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, criança/família, psicologia cognitiva, aprendizagem, Gestalt terapia e Neuropsicologia. Supervisão clínica na UNESA para grupos de Queixa Escolar, Neuropsicologia.