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Experiências traumáticas são comuns durante a vida de todas as pessoas e podem deixar seus efeitos na sua estrutura física, psicológica ou uma mistura dos dois. A maioria das pessoas se recupera rapidamente, porém outras não processam bem a experiência. Por vezes o impacto de um trauma afetar a vida de uma pessoa muito depois do acontecimento inicial. Os traumas que uma criança experimenta podem ser fáceis de identificar, como por exemplo, a perda de um cuidador por morte ou um acidente de automóvel. A criança começa a mudar seu comportamento, mas não sabe identificar o que esta acontecendo no seu mundo interno. Alguns traumas podem ter acontecido em idade tão precoce que não são recordados, ou ainda, a criança pode ter afastado da sua mente essas lembranças difíceis ou até mesmo, “esquecido” como um processo de defesa. Quando as crianças não se lembram, frequentemente apresentam os efeitos do trauma através do seu comportamento. Com frequência, já mostram sinais de bloqueio emocional. As mudanças mais comuns são: passar a não rir, brincar ou sorrir. Podem também apresentar baixa no desempenho escolar, quadros de labilidade de humor ou podem ser demasiado obedientes e/ou dispostas a seguir qualquer adulto. Se tornam muitas vezes, incapazes de se defender ou de protestar quando maltratadas. Por vezes os pais sabem que algo está francamente errado mas não têm consciência de que algo traumático tenha acontecido.
A experiência Traumática é uma experiência adversa e especialmente difícil para o cérebro dar conta. Isto parece ter a ver com a forma como o cérebro processa a informação quando os traumas ocorrem. Conforme vimos no trecho do filme "Divertida mente", as memórias normais são formadas quando algo acontece e especialmente envolve processos emocionais mais consistentes. Os órgãos dos sentidos respondem imediatamente e posteriormente a informação corporal é armazenada na memória de curto prazo e passa a ser processada, tornando-se memória de longo prazo durante o sono REM. Estas memórias têm normalmente uma qualidade narrativa, como se descrevesse-se uma história, e contêm as impressões corporais como também interpretações acerca do que aconteceu. Quando algo perigoso acontece, o corpo e o cérebro reagem de forma diferente. O corpo reconhece a emergência e toma medidas de proteção. As mensagens para o cérebro parecem ser guardadas num armazém de emergência, muitas vezes, sem atravessarem o processamento normal das memórias. Estas experiências adversas, juntamente com os pensamentos e emoções originais, são registados no cérebro de uma forma não processada, como se estivesse bloqueada. Por vezes o cérebro não as processa , formando memórias isoladas e automatizadas. Parecem ser até armazenadas numa parte diferente do cérebro. Portanto, as memórias traumáticas podem ficar trancadas no cérebro na sua forma original. Quando estas memórias são visitadas podem ser muito perturbadoras. Por vezes, surgem repentinamente, através de flashbacks, pesadelos e reações comportamentais inapropriadas. Podem dificultar muito o lidar com situações habituais de stress, pois provocam gatilhos inconscientes que são disparados em situações cujo cérebro identifique alguma semelhança com o evento adverso original.
O modelo terapêutico EMDR é uma abordagem que parece desbloquear o processamento cerebral para que as memórias traumáticas se tornem memórias naturalmente processadas. Estudos indicam que a estruturação do modelo de tratamento EMDR, que utiliza a ativação de memórias junto com estimulação alternada do lado esquerdo e direito do cérebro, favorece a percepção de um estado mental onde ocorre a fase do sono REM (quando os olhos mexem automaticamente de um lado para o outro). Os movimentos oculares ou as estimulações táteis parecem ajudar a processar o material inconsciente não processado. Tipicamente, já durante a sessão, algo muda e a criança relata uma nova imagem, pensamento, sentimento ou sensação física. O procedimento continua (a menos que a criança queira interromper) até que o acontecimento não seja mais perturbador para a criança.
Quando acionamos a lembrança de experiências perturbadoras é normal inicialmente o cérebro tentar se afastar da dor que automaticamente é mobilizada. É de suma importância que a criança se sinta segura e numa posição de controlo durante todo o processo terapêutico. O vínculo de segurança com o profissional torna-se parte de extrema importância. Algumas crianças criam resistência exatamente por não terem nenhuma referência de segurança em seu repertório emocional. O terapeuta precisa ter muita habilidade neste trabalho que quebra de defesas e o EMDR facilita este processo, tendo em vista que apresenta na fase inicial, a construção de um “local seguro” com a criança. O local seguro é um recurso de relaxamento e mentalização. Outros recursos também podem ser "instalados" antes de iniciar com o processamento de memórias perturbadoras. O lugar seguro também é um recurso de "refúgio" para a criança durante uma sessão muito intensa (usado como mudança rápida de estado emocional) e/ou como uma forma de se regular entre sessões.
É importante lembrar a criança que é o seu cérebro que faz a cura e ela está no controle da situação, tendo em vista que o princípio básico do arcabouço teórico do EMDR é o processamento adaptativo da informação (modelo PAI), onde o cérebro é estimulado a processar as informações naturalmente, de forma continua e adaptativa, tornando novamente saudável.
Nossa equipe será capaz de lhe dar informação mais detalhadas sobre o modelo EMDR se desejar.
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